Por CREDITAS
Depois de contratar uma linha de crédito que passa a pesar no bolso, muitos consumidores procuram possibilidades de trocar a dívida por outra mais barata e conseguir uma folga no orçamento. Em situações como essa ou para conseguir dinheiro para outras finalidades, surge a dúvida se recorrer a um refinanciamento vale a pena.
Normalmente, sim. A ideia do refinanciamento é justamente trazer uma oferta de crédito com condições melhores do que as disponíveis em modalidades mais comuns, como o empréstimo pessoal, cheque especial e cartão de crédito. Em muitos casos, ao optar por um refinanciamento o solicitante consegue taxas de juros mais baixas, que tornam o empréstimo mais barato, além de maior prazo para pagamento.
Quando um refinanciamento vale a pena?
O refinanciamento é uma saída interessante quando possibilita o acesso a um crédito mais saudável para o bolso do consumidor. Geralmente, a dívida fica mais barata quando a nova opção contratada possui taxas de juros mais baixas. Vamos a um exemplo.
Um cliente precisa de 10 000 reais e decide contratar um empréstimo pessoal para pagar em 24 vezes. A taxa média de juros para essa modalidade gira em torno de 5,7% ao mês, de acordo com o Banco Central (abril/2020). Nesse caso, o valor das parcelas é 774,84 reais. O total desse financiamento é de 18 586,16 reais, sendo 8 596,16 de juros.
Vamos supor que, depois de fechar negócio, o consumidor percebeu que a taxa era muito alta e decidiu recorrer a um refinanciamento usando o seu automóvel como garantia de pagamento.
Partindo de uma condição suposta de 1,49% de juros, ao contratar um empréstimo de 10 000 reais em 24 vezes, o valor das parcelas caiu para 498,66 reais. Então, o custo total do empréstimo também caiu, para 11 967,84 reais. Nesse exemplo, ao refinanciar a dívida, o consumidor economizou 6 618,32 reais de juros, além de conseguir uma redução de 36% no valor da parcela. A troca valeu a pena.
Note como as condições oferecidas por diferentes instituições financeiras podem mudar o custo do crédito de forma expressiva. Por isso, para descobrir quando o refinanciamento vale a pena é importante comparar ofertas e ficar atento às mudanças em todas as variáveis: taxas envolvidas na operação, prazo para pagamento, valor da prestação e custo total.
Como funciona o refinanciamento?
Quando o consumidor já tem uma dívida, o refinanciamento nada mais é do que trocar um contrato de empréstimo antigo por um novo, fazendo alterações no prazo de pagamento ou no valor contratado.
Enquanto no financiamento o consumidor contrata uma linha de crédito para um fim específico, como a compra de um veículo ou imóvel, no refinanciamento o bem é utilizado apenas como garantia de pagamento da operação. O valor emprestado pela instituição financeira pode ser utilizado para qualquer finalidade: quitar dívidas, abrir ou investir em um negócio, viajar, estudar e reformar a casa são algumas das possibilidades.
No Brasil, o refinanciamento de imóvel e o refinanciamento de automóvel são as opções mais conhecidas. Durante o processo, o bem apresentado como garantia à instituição financeira sofre a chamada alienação fiduciária. Ele fica condicionado ao pagamento do empréstimo, mas continua sendo de propriedade direta do contratante e pode ser utilizado normalmente. Assim que o pagamento da dívida é concluído, a alienação é desfeita.
Quais são as vantagens do refinanciamento?
A grande vantagem do refinanciamento é o acesso a taxas mais baixas. Como se trata de uma operação que envolve uma garantia de pagamento, o risco de inadimplência à instituição financeira é menor. Por consequência, ela passa a oferecer condições mais interessantes.
Além disso, por envolver bens duráveis, o refinanciamento de imóvel e de automóvel permitem longos prazos para pagamento. Assim, as parcelas ficam menores e cabem no orçamento.
Na Creditas, uma das parceiras da O.S. Corretora Inteligente, os clientes que colocam automóveis em garantia podem conseguir prazos de até 60 meses para quitar o empréstimo. Para os que utilizam imóveis, o parcelamento dos débitos pode ser realizado em até 180 meses. O período varia de acordo com o valor de mercado do bem e da renda do solicitante (já que as parcelas não podem superar 30% do orçamento mensal do cliente).
Vale a pena refinanciar imóvel?
O refinanciamento de imóvel é uma das modalidades de crédito mais saudáveis do mercado. Normalmente oferece quantias altas, que podem chegar a 60% do valor do imóvel. Por isso, a operação exige um tempo mais longo para preparar a documentação e pode não atender às necessidades de consumidores que precisam levantar o recurso com urgência ou que precisam de um valor menor.
Em situações assim, outras modalidades de empréstimo com garantia podem ser mais interessantes: o refinanciamento de veículo, por exemplo, permite que o contratante use o seu automóvel - que também não precisa estar quitado - como garantia de pagamento e também tenha acesso a juros baixos, que giram em torno de 18% ao ano.
Outra opção saudável é o empréstimo consignado, em que o valor das parcelas é descontado diretamente da folha de pagamento do contratante. Nesta operação, é preciso que o consumidor trabalhe em uma empresa conveniada a uma instituição financeira - banco ou fintech de empréstimo - que ofereça o consignado. Para funcionários de empresas privadas, a taxa média de juros desta modalidade é de 35% ao ano, segundo o Banco Central.
Vale a pena refinanciar o veículo?
Assim como o refinanciamento de imóvel, o refinanciamento de automóvel, também conhecido como empréstimo com garantia de veículo ou auto equity, costuma oferecer boas condições de pagamento por envolver um bem como garantia de pagamento. Sempre vale a pena trocar uma dívida cara por outra mais barata, com taxas menores.
Para os consumidores que têm despesas com o cartão de crédito, cheque especial ou outra linha de crédito com juros abusivos, buscar um empréstimo com taxas baixas e prestações que caibam no bolso é uma necessidade urgente para evitar o superendividamento.
Vale lembrar que, além de quitar dívidas, o refinanciamento de veículo também é uma alternativa interessante para viabilizar outras conquistas. Depois de fazer um planejamento financeiro e descobrir o valor para suprir sua necessidade, pesquisar as condições oferecidas nessa modalidade é uma boa opção.
O refinanciamento também pode ser vantajoso para aqueles que fazem empréstimos com taxas prefixadas. Com as variações da Selic, a taxa básica de juros da economia, é possível que os juros fiquem menores do que o acordado nessa contratação.
Antes de contratar um refinanciamento para contrair uma dívida mais barata, lembre-se de que essa modalidade pode ser uma grande aliada para reajustar as contas, mas manter as despesas em dia exige um planejamento financeiro e acompanhamento constante. Não tenha medo de encarar os números. O início pode parecer difícil, mas esse cuidado certamente trará mais tranquilidade no futuro.
E você? Está pensando em fazer o refinanciamento do seu empréstimo? Não se esqueça de avaliar se as novas condições realmente trarão vantagens para o seu orçamento. Para isso, conte com a gente!
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